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CONAN, O BÁRBARO, de Robert E. Howard

Conan-Livro-1-Capa

A edição do Pipoca e Nanquim para o livro de Conan, O Bárbaro, já mostra logo de cara que veio para ser a melhor edição dedicada ao cimério publicada no Brasil. Com uma encadernação em capa dura, ilustrações e imagens das capas originais onde os contos foram publicados, além de uma sobre capa de acetato, este livro veio para presentear a todos os fãs deste guerreiro icônico e a quem gostaria de conhece-lo através de seu material de origem. Ao contrário do que muitos acabaram pensando, este livro não é uma adaptação dos quadrinhos, mas os quadrinhos é que são uma adaptação destes contos. Antes de Tolkien criar sua épica saga sobre a Terra Média e o Um Anel, o autor Robert E. Howard já criava um mundo fantástico repleto de feiticeiros, mulheres lindas e exuberantes e guerreiros exímios com a espada. A Era Hiboriana, onde o autor ambienta os seus contos, é uma espécie de mundo passado, esquecido no tempo após um cataclismo, e seria um continente lá pela região da Europa, Ásia e Norte da África. Seu personagem principal é Conan, um bárbaro natural da Ciméria, o reino do Norte, cujo povo descende dos antigos atlantes decaídos, conhecidos por sua imensa força e habilidade de combate.  Neste impecável livro, encontramos os contos publicados em ordem cronológica pelo autor, mas que necessariamente uma ordem cronológica de acontecimentos. Explicando melhor, começamos com os contos A Fênix na Espada e A Cidade Escarlate, onde Conan já está mais velho e já é Rei, mas o terceiro conto, A Torre do Elefante, o personagem está mais jovem, em sua época que vivia como ladrão, mas nem por isso, está menos determinado do que sempre será.

“[...] Seus pais tiveram de lutar e sofrer, e entregaram-lhes as coroas numa bandeja dourada. Vocês herdaram seu direito sem erguer um dedo, exceto para envenenar alguns irmãos, mas eu obtive lutando! Vocês se sentam sobre cetim e bebem vinho ganho com o suor de outras pessoas, enquanto falam do direito divino da soberania... Bah! Eu escalei o abismo do barbarismo nu até o trono e, nessa escalada, derramei meu sangue tão prontamente quanto derramei o dos outros. Se alguém tivesse direito de governar os homens, por Crom, este seria eu! Como foi que se provaram superiores a mim?”

Como as obras de Robert E. Howard são curtas e eram publicadas em revistas pulp, suas histórias são rápidas e com muita ação. Como o autor era correspondente de H. P. Lovecraft e mantinha uma grande amizade com o mesmo, existem referências diretas em seus contos, sobre criaturas inomináveis e horror cósmico. A Torre do Elefante poderia muito bem ter sido escrita em conjunto, tamanha a semelhança da criatura apresentada na história, com os Mitos de Cthulhu.

Em O Colosso Negro e O Deus na Urna também vemos muito horror presente, além de uma detalhada investigação sobre um assassinato neste último. Howard criou uma tendência dentro de suas obras que inspirariam milhares de escritores no futuro.  No extra presente neste livro, Os Anais da Era Hiboriana, o autor nos coloca a par de todo o seu universo, minuciosamente descreve todos os reinos e civilizações, as guerras entre as raças, avanço da cultura e até mesmo o momento em que esta mesma Era foi apagada dos anais da história como a conhecemos.



Não pensem que por serem contos ágeis e de ação, acabam sendo pouco descritivos. Roward nos apresenta personagens bem construídos e carismáticos, vilões diabólicos, na sua maioria feiticeiros capazes de invocar criaturas do inferno para auxiliar nas guerras pelo poder e conquista de outras terras. Conan é autoconfiante por já ter enfrentado uma gama de feiticeiros, monstros, demônios do mundo antigo e outros guerreiros habilidosos, atuando durante sua vida como ladrão, mercenário e pirata.

“Seus deuses eram simples e compreensíveis; Crom era o líder, e viva numa grande montanha, de onde disseminava destruição e morte. Era inútil suplicar a Crom, por ser ele um deus selvagem e tenebroso que odiava os fracos. Mas concedia ao homem coragem ao nascer, além da vontade e capacidade de matar os seus oponentes, o que, na mente do cimério, era tudo o que se poderia esperar de qualquer deus.”


As batalhas são violentas e sanguinárias, com membros sendo cortados no fio da espada e crânios sendo quebrados na base da porrada. Conan quase sempre utiliza apenas uma tanga para cobrir-se, dispensando o uso de armaduras, exceto em alguns contos. As mulheres que ele encontra pelo caminho também tão pouco usam roupas, beldades, em sua maioria andando nuas ou quase nuas, tendo o cimério como seu guarda costas particular involuntariamente. Apesar disso, Conan não perde o foco de seus objetivos diante das belas mulheres e seus corpos esculturais, sabendo ser duro com elas quando necessário, principalmente se estiverem perdendo o controle e atrapalhando as missões do bárbaro.

A quem gosta de fantasia, batalhas épicas de espada, feitiçaria e horrores cósmicos, Conan, O Bárbaro, além de ser um material de extrema importância para conhecimento geral, é o pai de muitas outras histórias fantásticas, com claras influências na cultura pop até os dias de hoje. Robert E. Howard infelizmente teve uma carreira curta, porém promissora, deixando um legado que irá durar ainda por vários e vários séculos.



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Um comentário

  1. Oi Charles
    Adorei a resenha, muito bem escrita e elucidada. Eu conheço Conan apenas pelos filmes,na verdade nem me lembro muito bem deles hahaha ah não ser de um homem quase pelado, bombado, lutando hahah Mas fiquei com MUITA vontade de ler depois de teu post de me, quero me aventurar por essas páginas e conhecer mais sobre esse guerreiro e suas façanhas. Não me ligo muito para questão de datas por isso fiquei surpresa de saber que ele vem antes de Tolkien, achei muito bacana e me deu ainda mais curiosidade. :D

    Bjokas da Elo!
    http://cronicasdeeloise.blogspot.com.br/

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