APOCALIPSE Z, de Manuel Loureiro
Já começo esse texto dizendo que incluí esse livro por causa do halloween, mas que de horror que não tem nada não. Entretanto, como zumbis são elementos caracterizados para essa época, achei digno de compartilhar com vocês sobre esse livro.
Apocalipse Z é um livro de sobrevivência. Na cidade de Vigo, Espanha, um advogado escreve em seu blog como forma terapêutica por indicação de seu psicólogo. Por ser uma pessoa atualizada nas notícias, ele opina sobre o que está acontecendo e passa a relatar sobre as repercussões conflitos que estão ocorrendo entre a Rússia e o Daguestão, até que um laboratório é explodido. Após esse evento, uma doença foi se espalhando por toda a Europa, fazendo com que os governos de cada um dos países fizesse toque de recolher e pusesse as pessoas saudáveis em campos de concentração para que os militares pudessem proteger a população com mais facilidade. Não deu certo. Nosso protagonista acompanhou de casa o que seriam as últimas noticias vindas da TV, internet e rádio até não haver mais energia que sustentasse tudo e teve que lidar pessoalmente com o advento dos não-mortos.
Depois que sentimos a tensão e expectativa nesses primeiros momentos revelados pelas páginas iniciais, o jovem rapaz relatará, agora em um caderno, cada passo de seus dias, sendo um dos poucos sobreviventes para contar história. Passaremos por descrições físicas dos "doentes", de uma noção bem completa do que pode acontecer com uma cidade cujo a população aglomerada está com limitação de comida e saneamento, da jornada para sair do local onde está, e de que nem sempre encontrar outros seres humanos - mesmo que sejam um dos poucos ainda vivos - é algo para se comemorar.
Peguei esse livro emprestado por insistência de uma amiga. Estava sim com um pé atrás porque, convenhamos, exceto o jogo Plants vs Zombies, histórias de Zumbis nunca me atraíram. Imagina então sabendo que esse é o primeiro de uma trilogia. Todavia, tem um arco bem fechado nesse primeiro volume. Apocalipse Z já vem com uma proposta interessante, primeiro que "Zumbi" não é uma palavra utilizada nesse livro, tudo é novo para o advogado (não me recordo se o nome dele é mencionado) e o termo que ele usa para se referir às criaturas é "não-mortos". Depois podemos contar com a esperteza do autor em se colocar numa perspectiva mais próxima do que poderia ser o real se realmente houvesse tais problemas. Claro, algumas vezes ele detalha demais pequenas coisas que acabam cansando um pouco, mas logo vem o alívio vindo na próxima entrada do diário.
Fica recomendado uma boa leitura, daquelas que despertam o sentimento de tensão a cada instante e que avançam etapas de tal modo que abre um leque de possibilidades do que poderíamos pensar no começo. Pra quem já curte zumbi, é um livro certeiro, e para que não é chegado assim como eu, é uma oportunidade bem bacana de ler sobre o tema sobre uma ótica diferenciada.
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