CLUBE DA LUTA, de Chuck Palahniuk
Não é review, é conversa.
Levei um mês para terminar esse livro cujo a diagramação e o tamanho te diziam que seria uma leitura rápida. Eu não estava gostando nenhum pouco de Clube da Luta. Odeio não gostar de um livro.
Existe um fator interessante a ser levado em consideração: já tinha conhecimento do plot-twist. Muitos e muitos anos antes pude assistir ao filme - embora as lembranças fossem vagas - e quando revi após o livro parecia que era a primeira vez.
Fazem quatro dias que terminei a leitura, umas 12 horas que vi o filme, e ao mesmo tempo que continuo odiando Clube da Luta, esse tempo de maturação até escrever sobre ele me faz reconhecer algumas genialidades. É possível? Uma teoria que sustento em minha cabeça, e se você viu o filme ou não leu, sorry, porque vou dizer, é que o protagonista não tem nome simplesmente porque deixou de existir. A partir do momento que sua história foi contada até seu encontro com Tyler Durden, somente Tyler Durden existia.
Uma vez que já sabia o final, o que eu esperava do livro era me encantar com os pormenores e é aí que meu desgosto com a leitura começou. Pareceu que o livro se resumia à virada de jogo. Era como se ele quisesse me dizer que tudo que me fosse enfadonho compensaria pelo "grande momento". Não é bem assim comigo, o caminho precisa ser gostoso de ser lido, entende?
Repito. Ainda assim, vejo algumas genialidades. Como que desde o comecinho o autor te chama de idiota dizendo "estou te dando os sinais desde sempre, babaca, estão todos na sua cara" e coisas do tipo. Os problemas de insônia, depressão, Marla, e sobretudo a influência que Tyler tem sob as pessoas. Um anarquista de ideias tão malucas e que agrega gente. A violência como necessidade terapêutica, bater e apanhar. A-PA-NHAR. E ser o mais tranquilo dos homens quando veste novamente suas roupas e volta a ser um homem comum da sociedade. Aquela energia toda descarregada em socos limpos...
Agora que termino esse texto me parece que mais gostei do que desgostei dessa história. Acho que terei que esperar mais um tempo para ter certeza, até lá, fica esse relacionamento de ódio e amor lado-a-lado mesmo.
Oi Mari! Quando eu li Clube da luta adorei. Acho que até comentei isso na tua foto do Insta na época da leitura. Algo que eu conto muito pra minha experiência ter sido positiva é que eu não conhecia nada dos segredos e aspectos relevantes da história. E ainda não rolou coragem de assistir ao filme porque, sei lá. Pior que tenho ele na coleção de DVD. Ainda assim foi uma história que devorei apesar de como você esperar um algo a mais, talvez alguma espécie de epifania, mas não chegou a esse ponto. Entendo a sensação porque passei com outras leituras. Algumas eu acho que até gosto mais agora que na época, hehehe.
ResponderExcluirBeijos!