FUNDAÇÃO, de ISAAC ASIMOV (livro 1)
Finalmente iniciei a leitura de algo que eu devia a mim há muito tempo. A trilogia Fundação foi concluída em 1953 e é conhecida e disseminada até hoje.
“Pois é a característica principal da religião da ciência - ela funciona - (...)”
O futuro da raça humana é um assunto que intriga, e arrisco que sempre intrigará, os nosso pensamento coletivo. Através dos cálculos chefiados pelo psico-historiador, Heri Seldon, há a descoberta que a humanidade entrará em colapso e que isso será inevitável. Entretanto, seus estudos psico-históricos são específicos a ponto de possibilitar a elaboração de um plano, que com séculos de execução, minimizarão o tempo de declínio e dará a chance do homem se recuperar para seguir adiante. A partir desse momento, a Fundação será formada em Terminus, um planeta longínquo, nos limites da galáxia. Acompanharemos o decorrer do tempo com os marcos conhecidos como “crise Seldon” pelos olhos dos personagens que aparecerão ao longo dessa jornada.
PSICO-HISTORIA
A psico-história é multidisciplinar; unindo história, sociologia, e matemática estatística para prever grandes ações coletivas.
Essa ciência, apesar de ser tão fundamental a história do livro, só é dominada nos tempos antigos onde Seldon ainda vivia. Para isso existe um motivo: se as pessoas que vivessem dali em diante dominassem esse conhecimento, talvez poderiam atrapalhar as ocorrências previstas pelo psico-historiador.
AS PARTES DO LIVRO
As partes de Fundação se dividem em fases que vão sendo úteis para a trama. Por isso os nomes de cada parte do livro ficam a cargo dos enciclopedistas, os prefeitos, comerciantes e os príncipes mercadores. Não aconselho muito o apego aos personagens ou esperar que um detalhamento mais apurado de cada um seja feito. O que fazem, seu grau de importância e os acontecimentos são dados no tempo presente de cada fase. Além disso, todos os detalhes de ambientação, planetas, cidades, galaxias, são formados em nosso imaginário pelo contexto, pois os pormenores não são tão descritos. Acredite, quando se lê Asimov isso funciona muito bem.
CONCLUINDO
Apesar de ter uma premissa que me soa inteligentíssima, não focando em personagens, mas na passagem do tempo e na história prevista por Hari Seldon, Fundação não despertou grandes emoções em mim como um livro isolado. O ponto de comparação que tenho para justificar meu desapontamento se dá pela leitura que fiz de “Eu, robô”, uma coletânea de contos que se interligam - comentei sobre ele aqui -, que apresentavam soluções mais surpreendentes.
Entendo que isso pode mudar quando eu completar a trilogia principal (além dela, há mais quatro publicações sobre Fundação escritas mais de trinta anos após as originais), onde acredito que assim como a psico-história, faça sentido quando interpretada em larga escala, num cálculo completo. Também estou levando em consideração que essa história é tida como a obra-prima de Asimov, um clássico da ficção científica favoritado por muita gente, portanto ainda quero prosseguir para poder analisar tudo por inteiro.
Por isso, diferente do que costumo fazer, escreverei as reviews de livro a livro ao invés de falar somente quando eu completar a série. Porque a mudança (ou não) de minhas opiniões serão registradas com mais detalhes.
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