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"BOM DIA, VERÔNICA", DE ANDREA KILLMORE


Bom dia, Verônica narra os acontecimentos vividos por Verônica Torres, uma secretária da Policia Civil do Estado de São Paulo. Os capítulos se intercalam entre a narrativa em primeira e terceira pessoa. Já no início do livro, a protagonista nos conta sobre sua rotina de trabalho como secretária de Wilson Carvana, delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), um chefe bastante folgado, que deixa quase todo o trabalho para Verônica, não sabe responder e-mails e mal sabe usar o computador.  Enquanto faz suas tarefas, Verônica vê uma mulher sair aos prantos da sala de Carvana, com uma ferida horrível nos lábios.

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O delegado faz sinal para que Verônica despache a mulher para ele. Ao ouvir a história da moça, que se sente completamente envergonhada por cair num golpe considerado tão "bobo" pela sociedade, Verônica descobre que ela se chama Marta Campos, vítima de um golpista amoroso na internet. Durante um pequeno momento de distração, a mulher sobe na janela e se joga do décimo primeiro andar, não antes de dizer que, talvez agora ele possa finalmente amá-la. Carvana fica irado pelo que Marta fez, logo em sua delegacia, preocupado com toda a repercussão na mídia. Pede assim, para Verônica engavetar o caso. Ela fica ainda mais irada com o descaso do delegado, e inicia uma investigação do caso por conta própria.
"Pior do que alguém que reclama de você é alguém que desiste de você."
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Enquanto organiza suas idéias, Verônica recebe uma ligação de uma mulher chamada Janete, que a conheceu ao assistir a uma entrevista da secretária na TV sobre o caso do suicídio de Marta. Janete é a personagem responsável pela narração em terceira pessoa. Ela é casada com um Policial Militar, Cláudio Antunes Brandão,  um homem sádico, possessivo, que a tortura psicologicamente e fisicamente. Janete precisou afastar-se dos familiares e amigos, que não aprovavam o relacionamento. Vive integralmente para o marido e para os afazeres domésticos. Hoje, pedia socorro.
Verônica abraça o caso de Janete e à partir daí, tem de conciliar seu trabalho como secretária, a investigação e sua vida como mãe e esposa, que começam a se misturar perdidamente. O que ela vai descobrindo sobre os casos, está além do que ela imaginava. Tudo o que mais queria, é que esses homens pagassem pelo que fizeram com aquelas mulheres. Para isso, ela está disposta a colocar a sua própria vida e carreira em risco.
"O ser humano é podre e egoísta, prefere o problema que já conhece a enfrentar o desconhecido com honra."
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Andrea Killmore foi alguém importante dentro da polícia e vive hoje sob este pseudônimo. Entrou sem pedir licença para minha lista de autores favoritos do gênero_ thriller_, seu livro de estreia sendo devorado, página após página. Por ter trabalhado bem próxima à casos de homicídios, tem um vasto conhecimento sobre o assunto e presenciou casos horripilantes e perturbadoras de gelar a espinha. Sua protagonista, Verônica Torres, é invisível, de poucos amigos, tem um marido perfeito. Ela despertou em mim o mesmo sentimento de amor que tenho pela Lisbeth Salander, personagem de Stieg Larsson e sua série Millennium. Verônica critica a polícia, o governo, fala palavrões e é durona. Sabe ser muito sedutora quando quer e tem um passado triste e irreversível.
. Encontra-se num cargo que não gosta de estar e preferiria ser uma detetive. Mostra-se uma defensora das mulheres, lutando pelo direito de livre expressão e contra a submissão da mulher, contra homens que acham que são superiores e usam a mulher apenas como objeto, para fins sexuais. Verônica toma algumas decisões erradas, mas eu adorei a personalidade dela.

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Andrea Killmore começa sua carreira já encostando-se entre os grandes nomes da literatura policial. Sua forma de contar a história envolve o leitor de uma maneira espetacular, deixando-o aflito e ansioso pelo que vem a seguir. A cada mistério revelado, nos surpreendemos com a capacidade do ser humano em ser cruel e sujo. Tudo é incrivelmente perturbador e chocante. Pela carreira passada da autora, nos questionamos sobre o que pode ser real e o que pode não ser, e isto torna a experiência muito mais impactante.

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A edição da DarkSide Books é primorosa. A capa faz referência a história da personagem Janete e o interior do livro é muito bonito, papel de qualidade e acabamento de luxo. A história é mais do que recomendada, tanto para fãs de literatura policial e thrillers quanto para quem gostaria de se aventurar em mistérios, contados no nosso país, no estado de São Paulo e escrito por uma revelação nacional. Que orgulho.

Andrea Killmore, espero que onde quer que você se encontre, esteja com planos de lançar mais livros, mais histórias do gênero. Já sou fã.

Este livro foi cedido ao TRIPLO BOOKS de cortesia pela editora. Independente da parceria, todas as reviews tem como principal característica, a franqueza com as opiniões postadas

TRIPLO BOOKS

livros, animes, quadrinhos e mais nerdices

6 comentários

  1. Adorei a história desse livro, parece ser muito bom.
    Não podemos deixar de elogiar essa edição MARAVILHOSA da DarkSide, está impecável.

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  2. O livro é maravilhoso e a entrevista está sensacional! Parabéns pelo trabalho!

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  3. Quero muito ler, a história parece bem interessante e as edições da DarkSide são sempre maravilhosas.
    Ótima review!

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  4. Review maravilhosa, só deu mais vontade de ler!

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  5. Minha amiga já leu e me deixou morrendo de curiosidade...ela disse que amou a maneira de escrita da Andrea ♥

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  6. Adoro literatura policial, na minha pré-adolescência meu objetivo era ler todos os livros de Agatha Christie, o que infelizmente não cumpri hahaha. Saber que a Andrea Killmore vive sozinha e escondida aguçou muito minha curiosidade sobre o livro que ela escreveu e o quanto a história pode ter a ver com a própria autora. Não vejo a hora de tê-lo na minha estante!

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