ME ENGANEI COM FRANKENSTEIN
Aos meus Leitores, Brasil.
Espírito Santo, Outubro de 2016.
Meus amigos amados. Eu estava enganada com Frankenstein esse tempo todo! Não acreditem que isso é uma lástima pois venho dizer o quanto isso foi uma coisa boa. Vocês bem sabem que nunca fui uma leitora ávida por ler clássicos, porém nos últimos tempos tenho me permitido ler um aqui e acolá. Para esse mês de outubro que celebramos o Halloween no dia 31 pensei: por que não ler a minha belíssima edição de Frankenstein?
Quando eu já estava a um pouco menos da metade do livro me dei conta de uma coisa boba e boa de que estava me surpreendendo. Veja bem, uma obra como este clássico mundial, é discutida sempre por aí. Quantas resenhas, referências, filmes e releituras não temos mundo afora, não é? Assim como outras obras eu acreditava ter uma vasta ideia do que esperar desse livro escrito por Mary Shelly. Fui tola.
Aquele ávido estudioso maluco que busca por conhecimento e quer desafiar à Deus fazendo ele mesmo uma criatura não é exatamente o mote de Frankenstein, caros amigos. O Dr. Victor Frankenstein nem mesmo é chamado de doutor! Este clássico epistolar despertou em mim uma visão inesperada sobre o tormento de um homem que por um período de cegueira científica, criou um ser que lhe causou arrependimento assim que a criatura abriu os olhos. Seu sentimento de culpa se agrava quando uma morte acontece e tudo leva a crer que o monstro que ele criara fizera tal atrocidade. Sua fuga de encarar a realidade se depara com o verdadeiro encontro entre criação e criador, para então conhecermos o outro lado da história. Afirmo aqui que se esta história fosse unilateral não teria graça. Mary Shelly também deu voz à criatura e nós como leitores conseguimos sentir uma ponta compaixão pelo ser que foi considerado um pária por todos a sua volta e sofreu ações hostis antes mesmo de saber o que é uma palavra. Mesmo assim não o inocento, de todo modo.
Encerro minha carta fazendo minhas recomendações a vocês que, assim como eu, não conheciam a obra. Não acreditem somente no que os filmes dizem. A a história contada por cartas, assim como esta que vos escrevo, e os depoimentos são tão intimistas que é impossível não se sentir conectado com o livro. Mesmo ele sendo uma obra antiga, sua simplicidade e leveza tiram o medo de qualquer um sobre qualquer tipo de escrita rebuscada.
Com todas as recomendações possíveis,
Mariana M. Miguel
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