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CEM ANOS DE SOLIDÃO, de Gabriel García Márquez.

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Teve medo. Ainda que bobo, pensou alguns dias se seria capaz de escrever sobre um livro cujo o brilhantismo levou Gabo a receber o prêmio Nobel. Mariana, com quase vinte e oito, vem conhecendo paulatinamente grandes livros com um olhar cru de uma leitora que não ainda não fanalogias com o contexto histórico vividos nas épocas de publicações de livros desse porte. Porém por acreditar que cada experiência é valida, ainda que seja a primeira, resolveu escrever mesmo assim.

Do nascimento ao fim de uma família, os Buendía protagonizam uma história rica e poderosa. Mesmo daqui, sendo uma parte da América Latina que não provém da colonização espanhola, é impossível não associar as vivências relatadas com histórias muito próximas, a vida do povo. Tudo começa com a fundação de Macondo sob o comando do casal José Arcádio Buendía e Úrsula Iguarán. Sua prole: José Arcádio, Aureliano e Amaranta. Depois vem filhos, netos, bisnetos, tetranetos... Cem Anos de Solidão convida o leitor para conhecer de maneira única uma família até sua sétima geração, quando a estirpe se encerra.

Inocentemente, dois anos antes, Mariana comprou o livro de que todos falavam e o fechou depois de apenas três páginas lidas. Mais tarde entendeu, ao pegar novamente aquele bloco de papel recheado de palavras, que aquela escrita era um tanto diferente. Procurou por respostas e descobriu que até há um nome para isso; fluxo de consciência. Um pouco mais preparada que a primeira tentativa, sentiu-se mais capaz de continuar com o que abandonara. Percebeu que a linguagem era simples como a de um contador de histórias e rica ao mesmo tempo. Sentiu-se perplexa por aquilo ser bem diferente do que era acostumada a ler e ao mesmo tempo feliz por ter se dado a chance de conhecer. Entendeu que um escritor como Gabriel García Márquez é grande não por ter recebido um Nobel, mas por ser alguém que respeita aqueles que irão conhecer seus escritos.



A árvore genealógica de Cem Anos de Solidão causa intimidação. São muitas pessoas e muitos nomes que se repetem. Os varões são batizados sempre como Aurelianos ou Arcádios e cada nome carrega determinadas características que os personagens terão. As mulheres, sendo as filhas, netas, tetranetas e agregadas, apesar de não carregar a herança dos nomes que se repetem e por serem em menor número, possuem uma presença e uma carga tão grande que impressionam. Tanta gente junta que até pode se questionar porque a solidão permeia na vida de cada uma deles. 

Por se tratar da gente tão simples como o povo, quando comentado sobre o realismo fantástico pelas resenhas lidas afora, é uma constante ouvir que Gabo a inseriu de modo tão natural que faz até sentir que pode ser crível quando esses momentos aparecem no livro. Não muito antigamente ouvia-se de gente mais antiga ou até de locais mais remotos as histórias que que de tão absurda tornam-se lendas, mas que não há um que levante a voz para dizer que é mentira. Os momentos de fantasia soam como essas crenças populares e como poesia ao mesmo tempo. De presságios até bala que persegue alvo. Ou quem sabe, das borboletas amarelas que prenunciam a chegada alguém, até chuva que dura mais de quatro anos... Em Cem Anos de Solidão isso acontece porque faz sentido.

A família Buendía torna-se por um período parte da família de qualquer um que venha conhecer Cem Anos de Solidão. E quando o fim dela resta apenas a esperança de ler novamente tão logo quando puder, para que ela se revele de foma não vista antes. Leitura mais que recomendada, em qualquer momento que você se sinta preparado/a para isso. E quando tiver lido, sinta-se saudoso/a (e absmoado/a) tal qual a moça de quase vinte e oito. 


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