A PERÍCIA DE LER NO ÔNIBUS
Estava reparando esses dias, o quanto eu voltar a trabalhar de ônibus aumentou meu ritmo de leitura nos últimos meses. Quando eu estou em casa, dificilmente consigo engajar e ler mais do que um mísero capítulo ou dois.
Quando levo o livro por aí para poder ler enquanto espero a fila do mercado ou alguma sala de espera, geralmente também não rende quase nada. Sempre há alguém pra atrapalhar ou algo para me distrair. Acredito que o ônibus me facilita justamente pelo fato de eu não buscar outras formas de distração, como o celular, por exemplo. O fato de não me sentir seguro mexendo no smartphone me possibilita usar o livro para vencer o tempo do percurso, que é grande. Geralmente sem o livro, o tempo é longo e desconfortável, mas quando estou lendo, fico até triste quando tenho de descer.
Descobri recentemente, depois de uma postagem no meu Instagram, que esta habilidade é muito invejada (me senti até privilegiado). Muita gente disse que se sente enjoada e passa mal com facilidade. Eu não vou dizer que é super agradável, dependendo do tipo de chão que o ônibus passa, fica impossível você fixar seus olhos em alguma frase, mas no geral eu me dou muito bem. Se eu for depender de ler livro dentro de casa, acho que não consigo ler 6 livros no ano, pois não consigo render. Assisto filmes, entro em redes sociais, limpo a casa, arrumo a estante, mas ler que é bom, quase nada. Isso tudo só é possível se eu conseguir ir sentado, coisa que eu faço questão de tornar possível, esperando às vezes até um pouco mais para conseguir um assento. Em pé é praticamente fora de cogitação, pois além de empurrões e chacoalhar do ônibus, tenho que me segurar pra não cair com os solavancos após as curvas ou alguma freada brusca.
Percebi também que li apenas 64 livros (de literatura) em toda a minha vida, tirando livrinhos infantis e aqueles que somos obrigados a ler no colégio, que não me recordo mais. Comparado com muitas outras pessoas, isso é bem pouco. Tem gente que leu essa quantidade durante o ano de 2015. Eu não sou muito rápido, mas também notei que eu li muitas séries, e das longas, de seis a sete volumes, como as Crônicas das Trevas Antigas e Harry Potter. Li muitos livros com mais de 600 páginas. Eu amo séries, adoro poder ter continuidade nas histórias e fico muito triste quando finalmente acabam, mas todo livro longo de mais, por mais que esteja rolando uma história maravilhosa, eu começo a desacelerar no processo, vencido pelo cansaço. Mas não tem jeito, quando termino um, já pulo pra outro. Para alguém que passou a gostar de literatura só em 2006 (vocês podem conferir mais a respeito no meu artigo: PRA QUÊ LER O LIVRO SE TEM FILME?), eu até que tenho orgulho do meu rendimento. Meu paginômetro de mangás e HQs é muito maior.
Recentemente li os três primeiros volumes das Crônicas Vampirescas da Anne Rice, livros excelentes sobre a mitologia vampírica criada por ela, mas que me deram um cansaço danado devido aos extensos diálogos. Mesmo assim, ao terminar cada volume, tudo que eu mais quero é iniciar o próximo. Uma pena eu não ter o 4º volume agora para dar continuidade.
Nunca saio sem um livro. Acho que uma das maiores tristezas que posso ter no dia é ter esquecido eles em casa. Meu gênero favorito é a literatura policial. Todos os livros que se encaixam nesta categoria eu devorei em poucos dias. Eu gosto muito de resolver mistérios, ficar intrigado, me surpreender com os acontecimentos. Quando ele se mistura com o thriller e o terror, se tornam ainda mais interessantes. Todos os livros desta classe estão entre os meus preferidos... de longe.
Sintam-se à vontade para compartilhar comigo seus hábitos de leitura e experiências, onde costumam e gostam de ler e indicar livros de literatura policial. Pra saber o que já tenho e já li, só dar uma olhadinha no meu perfil no Skoob. Aproveita e me segue lá. ;)
* todas as fotos desse post foram retiradas do site de imagens gratuitas pixabay.com*
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