PONTO DE IMPACTO

Eu devia ter meus treze ou catorze anos de idade quando li Dan Brown pela primeira vez. O livro, não muito difícil de adivinhar, foi O Código Da Vinci. Explosão de popularidade na época. Quando peguei Ponto de Impacto para ler, foi com um medo justificado; tive receio de me decepcionar com o formato manjado. Ainda bem que não foi assim.
“ A NASA faz uma grande descoberta. Tal novidade pode intervir de forma significativa o rumo das pesquisas espaciais, bem como a iminente eleição presidencial. Para garantir que a descoberta é verdadeira, o próprio presidente convoca cinco civis, todos qualificados, para garantir de forma imparcial que o que a NASA apresenta é real. Por isso a funcionária da inteligência Rachel Sexton é enviada até a geleira Milne. Com a suspeita de lidar com uma das maiores fraudes já vistas e buscando pela sobrevivência de uma perseguição onde não se sabe quem é o inimigo, Rachel e Michael Tolland tem poucas horas para poder alertar o que descobriram para a presidência. “
Embora o mote seja a corrida contra o tempo, Ponto de Impacto possui vários núcleos que são interligados. É interessante ver como cada ponto é desenvolvido de uma forma que o leitor consegue ficar bem ambientado em todas as partes.
Lidamos com uma disputa presidencial onde além do presidente, o senador Sexton também está na disputa. Você não leu errado, é o mesmo sobrenome de Rachel. É interessante que o presidente chame, justo ela, para atestar a veracidade de algo que pode atrapalhar a campanha de seu pai.
Além da perseguição já mencionada, a averiguação do que a NASA pode ter descoberto tem fases bem legais de investigação. A escrita de Dan Brown nos facilita; ele sabe falar de política, ciência e tecnologia de uma forma bem bacana. Por isso que afirmo que Ponto de Impacto é um livro de ação bem empolgante.
É claro que não poderia deixar de mencionar que Dan Brown é bem criticado por sua “receitinha de sucesso“ para escrever seus livros. Usando um estilo semelhante ao roteiro de cinema para criar cenas que conduzem o leitor de uma forma que eu chamaria, de forma descuidada, de manipuladora. Entretanto, nesses longos anos desde que li algo do autor pela primeira vez, pude conhecer outros livros que tentam se aproveitar da mesma forma de escrever sem conseguir o mesmo acerto. Sempre parece que falta algo que eu acredito que seja uma boa pesquisa, além e um bom uso dela.
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