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ENCRENCA



Durante a leitura de Encrenca, eu pensei muito se deveria ou não escrever o que pensava. Há coisas nesse livro que me deixaram mais alarmada do que encantada por uma história fofa. [[MORE]]

Quando Hannah Sheppard fica grávida, é Aaron Tyler, seu novo amigo, que se oferece para assumir a paternidade mesmo não sendo o pai da criança. Isso porque Hannah não pode revelar que é o verdadeiro pai do bebê. Administrando seus próprios problemas, Hannah com a gravidez e Aaron com seu passado ainda misterioso e cheio de culpa, os dois irão se fortalecer pela união e amizade.**

Esse livro é um Young Adult que aborda um assunto importantíssimo que é a gravidez na adolescência. Nossos teenagers de Encrenca estão entre seus 15 e 16 anos e você sabe como são os hormônios de toda a galera dessa idade, não é mesmo? Ao concluir o livro eu percebi que o objetivo da autora não era a conscientização e sim mostrar que a vida da pessoa não acaba quando se está grávida. Que AMIZADE pode salvar e dar força às pessoas. Tudo isso é muito bonito e eu tive meus faniquitos de ataques de fofura durante a leitura. Reconheço, mas há ressalvas.

Encrenca não é uma história de uma garota que tinha um namorado e de repente foi abandonada quando se descobriu grávida. Inicialmente o livro aborda a vida de uma garota de QUINZE anos que tem uma vida sexual ativa com vários parceiros, que só sabia quem era o pai por saber que só havia feito sexo sem camisinha com um deles. Ela gosta da fama que gerou na escola e por vários momentos do livro, mesmo após os problemas do enredo, ela demonstra sentir falta dessa vida que levava.

Talvez você interprete isso como uma visão pudica, mas é sério, não sou do tipo que vive num mundo perfeito só que não de quem acredita que adolescente não transa e não deveria transar. Porém falar de forma tão descompromissada desse hábito da Hannah é preocupante, visto que ela ainda é uma pessoa menor de idade. Não somente a prática de sexo desmedida, bem como o consumo de álcool deliberado e o bullying rolando como se fosse super normal. 


Pareceu que a autora quis me dizer que engravidar é a única e mais grave consequência que poderia ocorrer disso entre os jovens. Para alguém que estudou 3º ano do ensino médio com 5 alunas grávidas na sala (eu), e que conheceu pessoas - garotos e garotas - que até hoje não conseguem manter uma vida estável por coisas que fizeram quando adolescentes, sabemos que na vida real não é bem assim. E no caso do livro, estamos falando de familias estruturadas. Imagina pra quem não tem. Sem mencionar o grande parêntese para o caso do real pai da criança que ela espera, que é outra situação mais estranha e que foi tratado de forma boba. Pena não poder dizer aqui para não entregar a trama.

Já o Aaron tem uma história redondinha e compreensível, apesar de triste. É notório que se responsabilizar por Hannah é mais importante para ele do que ele para ela. Entretanto não gosto de ver que ele é “o príncipe encantado que salvou a mocinha”. 

Contar uma história onde a gravidez está em segundo plano e a amizade é o ponto chave de apoio sem dúvidas seria a coisa mais linda de se ler se a autora não tivesse posto como background uma sequência de assuntos agravantes da vida dos adolescentes. A sensação que tive é que nada é importante se o mocinho e a mocinha ficam bem no final, ainda que não sejam um casal.

Este livro foi recebido de parceria

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