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ORDEM VERMELHA, de Felipe Castilho

Ordem vermelha

Ordem Vermelha – Filhos da Degradação, narra a história das terras de Untherak, um unificado aos pés do monte Ahtul, próximo aos Grandes Pântanos e povoado por raças diversas, entre elas Gigantes, Anões, Gnolls (criaturas que um dia foram bípedes e atualmente foram transformadas em quadrúpedes usados como cães pelos soldados), Sinfos (criaturas menores que os anões, mensageiros da magia invisível), Kaorshs (Altivos e esguios, capazes de se camuflar com facilidade) e os humanos. Todas elas foram criadas pelos Seis Deuses em toda a sua bondade. A paz reinava no mundo, no entanto, os humanos invejavam as habilidades das outras raças e plantaram a discórdia entre todos, causando uma guerra brutal e a quase extinção dos gigantes. A ira dos deuses fez com que enviassem pragas e criassem monstros para punir suas criações. Passada a destruição, os Seis Deuses, na intenção de se tornarem um único ser e sem falhas, tornaram-se Una, a Soberana, que permitiu que as raças vivessem em Untherak, a última região habitada do mundo, proibidos de usar a cor vermelha — a cor que lembrava o sangue derramado — e vivendo uma era de servidão à Deusa sem questionamentos por mais de 1 milênio, sob a opressão de seu exército particular controlados pelo hediondo General Proghon

“Alguns infernos duram mil anos; outros, um dia. Mas nenhum é melhor que outro. ”

A Deusa, durante os dias de punição à suas criações, escureceu o sol e dele retirou um líquido negro chamado Mácula, no qual os humanos são dissolvidos após a morte e também onde são batizados os kaorshs, anões e sinfos e até mesmo as armas da milícia de Una, sendo assim aprimorados depois de submergirem nesse sumo. Infelizmente, dependendo do tempo que um ser permanecer mergulhado na Mácula, pode-se acabar criando uma aberração incontrolável ou ocasionar a morte dele.

No Centro do unificado foi construída uma imensa estátua da divindade, suas seis faces representando os Seis Deuses, observam a tudo e a todos. Mas ali mesmo, debaixo dos olhos do ídolo colossal, uma Kaorsh de nome Raazi, tem como plano, iniciar uma ação rebelde contra Una e seu regime de servidão, inscrevendo-se no Festival da Morte na Arena de Obsidiana e revelando uma verdade que pode abalar toda a do povo de Untherak.

ORDEM VERMELHAO livro tem como personagens centrais, Aelian, um humano falcoeiro que trabalha no Poleiro e seu falcão Bicofino. A torre é uma espécie de triagem para onde vão as encomendas do unificado. O jovem carrega na face a tatuagem horizontal da linha da servidão, uma herança que recebeu logo após a morte dos pais. Com um espírito aventureiro, Aelian se arrisca diariamente em escaladas pelo poleiro e outros setores vizinhos, que acabam resultando no seu atraso em voltar para as celas antes da contagem e claro, num castigo doloroso. Durante uma de suas irresponsáveis escaladas, o falcoeiro descobre que Una usará uma monstruosidade indescritível como oponente para o Festival da Morte, fazendo com que ele envie um recado desesperado para quem se inscreveu na batalha na arena não cometer a loucura de participar do evento. É a partir dali, que seu caminho irá cruzar com outros personagens ímpares e carismáticos, com suas diferenças que precisam ser deixadas de lado, na luta pela verdade e um futuro incógnito sem a adoração e submissão à Una.

“Vingança é só uma forma de tentar preencher o vazio com a coisa mais óbvia ao nosso alcance. Em vez disso, deveríamos tentar compreender por que perdemos algumas coisas para certas pessoas. ”

Desde que conheci o Felipe Castilho em um painel da CCXP 2016, fiquei curioso em conhecer o seu trabalho em O Legado Folclórico, fato que não ocorreu durante todo o ano de 2017. Mas após descobrir que ele, juntamente com Victor Hugo Souza e o Rodrigo Bastos Diddier estavam criando um mundo fantástico e que o livro seria lançado pela editora Intrínseca com o apoio da CCXP, deixei meu amor pela fantasia e meu apoio à literatura nacional falar mais alto. Mesmo não indo,  solicitei à um amigo que comprasse para mim a edição no evento. Ele não só trouxe o livro, como também conseguiu o autógrafo dos criadores! Valeu Roberto Trabach!

Ordem vermelha
Momento do autógrafo. Foto por Roberto Trabach

Ordem vermelha
Momento do autógrafo. Foto por Roberto Trabach

Ordem vermelha
Momento do autógrafo. Foto por Roberto Trabach

Sendo sincero, não li sobre o plot do livro e nem nada antes de começar a leitura de fato, fui na confiança do bom trabalho do autor, que sempre ouvi falar muito bem e no acabamento e artes do material finalizado, que basta segurar na mão para ver o capricho. O mapa que vem no centro da obra é tão bonito que até imprimi um outro em tamanho maior para poder verificar sempre que precisar.

A riqueza de detalhes e a preocupação dos criadores com o universo criado como um todo foi tão espetacular, que não dei falta de nada. Existe em Untherak o comércio, o sistema monetário, os escribas, a milícia, a hierarquia, o banco (chamado aqui de Cofre), a taverna Pâncreas de Grifo, onde rola a bebedeira e a jogatina, a parte da agricultura nos bosques, a arena de batalha e entretenimento (apesar de ser um show dos horrores) e até uma espécie de bordel e uma droga chamada “carvão”, muito consumida entre os viciados, é traficada às escondidas.

A narrativa é muito bem construída e desperta a curiosidade por trás dos muitos mistérios que envolvem a soberana Una e o que aconteceu durante a Gênese de Untherak, quando os Seis Deuses criaram as raças e tudo o que havia de bom no mundo. A Centípede, espécie de sacerdotes que acompanham a deusa, trajando mantos cinzentos e sempre andando em fileiras, causam espantos com sua presença. Os maculados sobreviventes, com sua força aumentada e capacidades únicas de combate são capazes de desestabilizar qualquer inimigo apenas com a sua chegada. O sistema criado por Una para lidar com o seu povo escravo e seus fiéis é cruel e tirânico, dando-lhes apenas um mísero dia de folga na semana, sendo que 6 horas deste dia tem de ser gastos em oração à soberana.

As batalhas são épicas e Untherak gerou algumas lendas únicas em combate, tanto do lado do bem quanto do mal, o que torna algumas passagens bem dramáticas e emocionantes. O final é surpreendente, com um cliffhanger que deixa o leitor desesperado para saber o que vai acontecer a seguir. Já estou na ansiedade pela continuação! Deixo meus mais sinceros aplausos aos criadores desta obra e por terem colocado o nosso país novamente no hall da fantasia medieval. Nem preciso finalizar dizendo que recomendo a leitura, pois já deixei bem claro haha! Forte abraço! 




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