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OS CRIMES ABC, DE AGATHA CHRISTIE



Os Crimes ABC conta a histórias dos personagens Hercule Poirot e seu velho amigo Capitão Arthur Hastings na investigação de um assassino em série.

Os capítulos são narrados por Hastings em primeira pessoa e através de uma segunda narração em terceira pessoa, descrevendo eventos da vida de Alexander Bonaparte Cust. O serial killer envia cartas à Poirot desafiando as habilidades investigativas do mesmo, assinando pelo nome de ABC. Cometendo os assassinatos em ordem alfabética, a cada nova carta, um desafio é lançado ao detetive, com a data e o local onde o crime ocorrerá. Sua primeira vítima é Alice Ascher, uma proprietária de uma tabacaria, morta dentro de sua própria loja em Andover. ABC sempre deixa na cena do crime um guia ferroviário aberto na página do local do crime. A garçonete Betty Barnard é a próxima vítima, morta em Bexhill, encontrada também com o guia de trems em baixo do corpo.

Testemunhas são ouvidas e por mais que se encontre suspeitos, Poirot tem noção que está lidando com um especialista. Ele tenta entender o porquê o criminoso o enviou essas cartas em vez da Scotland Yard ou a imprensa. Enquanto investiga e tenta bolar o perfil do serial killer, o detetive tem que dividir a investigação com o inspetor Crome, um homem de ego inflado e que duvida das habilidades de Poirot.



Após o segundo crime, toda uma segurança é montada para evitar que o próximo assassinato seja cometido, porém, sem sucesso. Poirot encontrou um dos casos mais complicados de se desvendar em toda a sua vida. Todos os outros peritos buscam pistas que ligam ao verdadeiro assassino, mas Poirot tenta montar o perfil psicológico do mesmo, buscando suas motivações para os crimes. O detetive deixa quase sempre o Capitão Hastings de fora de seus pensamentos e ideias, sendo assim nós leitores também temos uma grande dificuldade em dar algum palpite de quem o criminoso possa ser. Poirot ironiza as ideias e linhas de pensamento do Capitão, que quase sempre são muito parecidas com nossas próprias conclusões dos acontecimentos. Sendo assim, também nos sentimos sendo ironizados e isso é muito divertido. Este é o ponto forte da história, é um caso dificílimo para Poirot, chegando ao ponto de ter que esperar que mais assassinatos ocorram para pegar o ABC em algum deslize ou erro.

    "Certo. Mas se você é uma pessoa bem-situada e importante, devem lhe ser poupados certos pequenos incômodos. Se uma mosca insiste em pousar por diversas vezes em sua testa, acabando por irritá-lo, o que fazer então? Você se obstina em matar a tal mosca. Não experimenta qualquer escrúpulo em fazer isso. Você é importante, a mosca não. Portanto, você mata o inseto e a fonte de irritação desaparece. Seu ato surge a seus olhos como normal e justificável. Uma outra razão para exterminar a mosca reside no seu acentuado amor pela higiene. A mosca afinal é um perigo em potencial para a comunidade, assim deve desaparecer. O cérebro de um criminoso mentalmente desequilibrado funciona assim também.”


Crimes ABC é mais um livro que mostra que Agatha Christie nasceu para a escrita policial. A autora tem ideias tão geniais que nos surpreendem o tempo todo. Ela sabe nos enganar, fazendo-nos pensar que estamos na pista certa para depois descobrirmos que estamos errados. Aqui temos um crime perfeito, tão desafiador que Poirot sente as dificuldades em resolvê-lo. As características dos assassinatos são distintas, dificultando muito a possibilidade de encontrar um padrão para os crimes. Nota máxima para mais este genial livro clássico da Rainha do Crime.



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